Sair do armário como católico

por António Pimenta de Brito

Tal como não julgo um homossexual ou um muçulmano sem o conhecer, também se devia fazer o mesmo com os católicos praticantes. Não julgar antes de os conhecer. Mas será que isso acontece?

Não me interpretem mal, não sou gay, mas como diria Jerry Seinfeld, “not that there’s anything wrong with that”. Conto-vos uma história pessoal. Sou católico praticante e fui trabalhar na meca da diversidade – Barcelona — numa multinacional de tecnologia. Posso dizer que se respirava um ambiente diverso, sim, demonstrado em dezenas de nacionalidades, cores de pele e formas de vestir. Um dos meus formadores era assumidamente gay e havia uma política de inclusão de pessoas deficientes. Todos os dias lá passava por mim com o seu sorriso um rapaz com síndrome de down, o qual fazia variadas tarefas na empresa. De notar, também, a política de responsabilidade social da empresa ao organizar voluntariado periódico para todos os funcionários.

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